“Mais orientação do que punição”, diz presidente do TCDF, Manoel de Andrade
O conselheiro, que está pela terceira vez à frente da Corte, defende uma aproximação maior da sociedade civil e dos gestores públicos como forma de evitar punições por parte do Tribunal de Contas
Presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), o conselheiro Manoel de Andrade falou com o Correio sobre o legado que pretende deixar para o órgão no biênio 2025-2026. Ele lidera o projeto “Visita aos gestores”, que tem como objetivo fortalecer o relacionamento institucional com os servidores públicos do DF. Andrade defende mais orientação aos gestores e servidores de órgãos públicos para que haja menos punição por parte do tribunal. O presidente do TCDF, que ocupa o cargo pela terceira vez, comentou ainda sobre inteligência artificial e como as novas ferramentas vêm otimizando o trabalho do órgão.
Qual o legado que o senhor pretende deixar para o tribunal neste biênio?
O TCDF é o órgão controlador que fiscaliza a aplicação do dinheiro público. Para isso, é preciso que o tribunal esteja presente em todas as licitações, contratos, políticas públicas e obras em andamento para analisar com olho clínico. Pretendo fazer com que a população se envolva mais ainda, levar o tribunal à grande comunidade, fazer com que o cidadão se sinta engajado nesse processo. Precisamos levar essa consciência ao cidadão para que conheça o orçamento, saiba quanto o governo pode gastar com saúde, educação, segurança pública, mobilidade, lazer, manutenção das obras. O tribunal precisa trazer isso em uma linguagem simples para que o grande público compreenda o papel do TCDF. O orçamento do DF ultraa R$ 66,6 bilhões e a população precisa saber como foi gasto esse dinheiro. Meu trabalho aqui é a continuidade do que eu já fiz como deputado. Eu envolvia os sindicatos com as escolas, universidade, setor produtivo e cidadão comum. Da outra vez que fui presidente do tribunal, também levei-o a fazer uma peregrinação nas cidades, secretarias, corporações, autarquias, universidades, escolas. Agora, estamos trazendo, juntamente com a Escola de Contas, os estudantes aqui para dentro para mostrar o que é ser um conselheiro, um cidadão.
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